Maçonaria. Esse tema realmente interessa? Para quem?
(os meus verdadeiros irmãos hão de me compreender; os demais
em nada me interessa que me compreendam ou não!)
Outro dia resolvi fazer uma experiência para saber o alcance
de alguns assuntos que vemos diariamente no facebook. O meu objetivo especial
era comparar o tema “maçonaria” com outros, para saber a profundidade deste
tema junto a sociedade. Comecei comparando um pedido de ajuda que um maçom fez
para angariar cestas básicas para uma instituição, ele obteve 12 curtidas e um
comentário; outro maçom lançou um texto
onde conclamava a todos os maçons para que se opusessem a uma potência,
pedindo providências para o fechamento da mesma, criticando seus lideres e seus
membros, ele teve 8 curtidas e 4
comentários; depois disso encontrei um texto onde uma Loja maçônica convidava a
todo os amigos do face para que divulgassem a foto de um sobrinho desaparecido,
esse foi mais feliz, os maçons se cotizaram e um espantoso número de 48
curtidas e 2 comentários encheram a página. Prosseguindo com a minha
experiência, arrisquei ver outros tipos de textos e seus reflexos. Para o meu
espanto, localizei um texto que narrava o espancamento de um cãozinho de uma
raça a qual não me recordo, e o autor do texto pedia providências às
autoridades. Nossa, que espanto, o texto teve 679 curtidas rapidamente e mais
de 50 comentários, todos favoráveis a prisão daquele que espancou o animal e
outros, até mesmo mais exaltados, pedindo o “linchamento” do indivíduo. Em outra oportunidade, avaliei o texto de um
grupo de egiptologia que semanalmente trás novas postagens sobre a história do
Egito antigo e até mesmo de descobertas recentes, novamente me surpreendi, o
grupo tem mais de 100 mil participantes e cada nova postagem tem imediatamente
entre 50 a 60 mil curtidas. Eu mesmo, como pesquisador e participante da
comunidade virtual, outro dia fiz um pedido para os “médicos sem fronteira e
pedi que os irmãos divulgassem” sem
desmerecer a nenhum deles, posso afirmar que o anúncio foi um fracasso. Esse foi o auge do estudo. Ao final
desse meu trabalho de pesquisa, depreendi alguns postulados os quais resolvi
divulga-los, ei-los:
Postulado número um:
Existe uma total inversão de valores entre o mundo real e o mundo
virtual. Se bem que assuntos envolvendo animais, não só na internet, bem como
no mundo real, causam uma verdadeira avalanche de atitudes por parte dos
envolvidos. Realmente parece que as pessoas nos dias de hoje dão mais atenção
para os assuntos que envolvem animais de estimação do que para aqueles que
envolvem crianças. Porem, é espantoso como o marketing viral se presta a
espalhar esse tipo de notícia, chega a ser inacreditável.
Postulado número dois:
O assunto “fazer caridade” não chama a atenção dos internautas, os quais
continuam preferindo comentários sobre os seus “pets” ou sobre “que roupa irei
na festa” ou ainda “qual sapato devo usar, alguém pode me ajudar?”
Postulado número três:
Assuntos como “doação de sangue”, dinheiro para despesas de viagem para fins
de cirurgia, doação de cadeiras de roda, de ajuda humanitária de todos os
tipos, possuem um baixo índice de visualização e com um retorno ínfimo.
Postulado número quatro: Temas sobre a vida alheia,
principalmente de pessoas com destaque no mundo da moda, do cinema e da
televisão são os mais preferidos para comentários no face, indistintamente nos
grupos sejam quais forem seus temas-chaves.
Postulado número cinco e último: O assunto maçonaria é tão
desinteressante que meia dúzia daqueles
que participam do grupo estão ligados a esse tema, a boa parte daqueles que
frequentam os grupos nem são maçons, são curiosos que se valem do anonimato da
rede se contentam com um TFA ou SFU. Os maçons que mais escrevem na rede são os
mais (ou talvez únicos) interessados nos temas, geralmente são maçons antigos e a maioria já é escritor com livros publicados. A maioria dos
texto (de maçons mais jovens) não possui nenhum conteúdo e com o passar dos dias se tornam repetitivos
ao extremo, chegando mesmo a serem enfadonhos. Aqueles que se dedicam a
agredir, são rasos de imaginação e volta e meia partem para a baixaria com a
utilização de termos chulos, palavras de baixo calão e até ameaças. Utilizam-se
da rede como uma “central de boatos” barata e que mantém o anonimato das coisas
pequenas. Aqueles poucos, que se dedicam a fornecer textos saudáveis, demonstram uma produção pequena porém brilhante,
digna dos meus elogios.
Observação Postulatória:
A maioria dos maçons que se manifestam na rede, contrários a essa ou
aquela potência, exigindo providências das autoridades, alertando os candidatos
sobre isso ou aquilo, eles na realidade (esses tais maçons) não tem a real
noção da sua grande insignificância frente a sociedade, imaginam que são algo
que não são, não entendem que maçonaria é uma associação e que cada uma delas
se rege pelos seus estatutos sociais e que não devem satisfação umas as outras.
Julgam, eles, que existe uma Ordem Maçônica Mundial e Central que é responsável
pelas demais “maçonarias” e ficam o tempo todo invocando que essa tal Ordem
Universal que só existe na “cabeça deles” tem que tomar providências e tal e
coisa. Ora, não percebem que esse tipo de ignorância fere até o mais ignorante
dos mortais?
Conclusão: observando os postulados acima, chego a tese que
comprova a inutilidade do esforço em rebater críticas feitas dentro do tema “maçonaria”
em virtude do universo tão pequeno que envolve essa área. Daqueles 10 ou 12 que
curtem, 3 são a favor, 3 são contras e 6 nem se manifestam. Portanto, qual o
motivo que alguém pode ter para perder tempo em justificar uma ação ou omissão
relacionada a essa área? Somente uma: perde tempo.
Anexo: Conversa com amigos que não são maçons.
Para testar a tese acima, resolvi participar de uma reunião
entre colegas do Poder Judiciário que ocorre periodicamente em nossa região. Após
conversar com eles sobre vários assuntos, resolvi testar a profundidade do tema
“maçonaria” e lancei alguns comentários sobre lojas, potências, obediências, (mencionei o nome e a abreviatura de algumas
potências, desde as mais conhecidas até as mais novas.), notícias na internet, comentários no face
etc. Para minha surpresa, havia dentre eles 3 maçons (na reunião estavam
presentes mais de 60 colegas), somente eles entenderam o que eu estava falando
e nenhum teve interesse em prolongar o assunto. Quanto aos assuntos que se
discutem nos pequenos grupos de maçonaria no face, o resultado foi o mesmo,
nenhum dos 3 maçons ou dos 57 não maçons tinha ouvido falar ou tinha qualquer
interesse em ler ou se atualizar sobre o tema. Sai da reunião mais convencido
ainda, de que as calúnias, difamações e injúrias que circulam no face, assim
como os bons comentários sobre a maçonaria, ficam restrito a um pequeno número
de pessoas, a maioria delas sem expressão alguma na sociedade e que só fazem
mesmo é um pequeno ruído, praticamente
inaudível se comparado ao barulho que outros temas de maior importância
provocam, tanto na internet quanto na comunidade. Claro que todo crime merece ser punido, portanto, o mais prático é contratar um advogado e não perder tempo com isso.
Conclusão das Conclusões:
Não vale a pena perder tempo para rebater críticas relacionadas a
maçonaria no face.
(Helio Antonio da Silva)
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