quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Deuses do Egito Antigo: Amon



São atributos de Amon a imagem do disco do sol, os chifres e o flagelo (chicote) é representado por vezes, com uma cabeça de carneiro, por vezes com um rosto humano, às vezes tendo chifres de carneiro nascidos acima das orelhas. Geralmente na cabeça trás uma tiara adornada com penas e por vezes  o disco solar. Seus animais sagrados eram o ganso e o carneiro.

Até o início  do Reino Médio, Amon era apenas o deus local de Tebas que é originalmente o deus do vento e barqueiro, é por isso que às vezes é representado com uma cor de pele azulada, mas depois de passar os hicsos pelo Egito no início do Novo Império (1650 aC.), os príncipes de Tebas fizream dele o deus supremo do Egito livre. Os sacerdotes deram-lhe pouco a pouco os atributos dos outros deuses. Amon tornou-se uma divindade universal na dinastia XVIII, foi considerado o rei dos Deuses. A partir do XIX - XX ª dinastia Amon é visto como a representação do criador invisível que era a fonte de toda a vida no céu, na terra e no outro mundo. Ele se manifesta na forma de Ra. Também está associado com o deus Min para se tornar produtivo, criativo ou com uma outra divindade chamada de  Kamoutef, com o poder fálico. É como um Amenemopet ele vai todos os anos para o templo de Luxor, para se unir à deusa Ipet para garantir a eterna renovação dos ciclos naturais.

Sob a dinastia XII, os egípcios construíram um gigantesco  templo, que depois se expandiu e tornou-se tudo o que vemos nas ruínas colossais de Karnak e que é a maior estrutura religiosa jamais construída pelo homem. Chegamos ao templo por uma alameda ladeada por duas fileiras de carneiros. O carneiro foi dedicado a Amon; em  Tebas  comer um carneiro era  ingerir a representação viva do deus, portanto, apenas os Sacerdotes do Templo de Amon podiam se alimentar da carne do carneiro.

De acordo com antigas tradições, Amon se estabeleceu a partir do caos primordial, mas de acordo com as mais antigas tradições de Tebas, Amon foi criado por Thoth como um dos oito deuses primordiais da criação (Amém, Amenet, Heq, Heqet o Nun Naunet, Kau, Kauket).  A Esposa de Amon era Mut, "Mãe", o que parece ter sido o equivalente egípcio do arquétipo da "Grande Mãe". Seu filho era o deus da lua: Khonsu.

Quando estudamos os deuses do Antigo Egito, sempre é bom lembrar que eles variavam de grandeza, portanto de importância, conforme a época bem como a localidade onde eram adorados; muitos deuses locais ou regionais, passaram para a história como deuses de maior importância, isso talvez tenha ocorrido pela falta de informação concreta sobre os demais deuses ou da forma, como e quando as informações foram coletadas pelos arqueólogos, analisadas pelos egiptólogos e catalogadas  pelos historiadores. Alguns deuses, fizeram mais sucesso do que outros, principalmente por terem ganhado destaque junto ao cinema, livros e televisão.
Este blog abordará, nos demais textos, outros deuses do Antigo Egito, sempre destacando a sua importância para a respectiva região e época.

Shabits - Por que os museus colecionam?


Dos itens mais populares e mais onipresente do equipamento funerário egípcio antigo é a estatueta do pequeno servo  - ou shabti . A maioria dos museus, que tenha uma coleção egípcia, embora pequena,faz questão de  incluir pelo menos uma ou duas dessas figuras. No Museu de Manchester, no Reino Unido, temos mais de 1000 exemplares completos e outras tantas estatuetas fragmentárias. Todo este material esta sendo estudado por  especialistas em shabti, principalmente pelo Dr. Glenn Janes, egiptólogo que está preparando um livro que faz parte de uma série que pretende catalogar todos os museus ao redor do mundo que mantenha em suas coleções peças egípcias das estatuetas shabti. A pergunta principal é: - Por que shabtis são tão populares e por que tantos deles acabaram em coleções de museus?
A principal razão é simplesmente. São tão populares porque foram produzidos em número espantoso pelos egípcios antigos. As estatuetas apareceram pela primeira vez em enterros do início Reino Médio (c. 2000 aC), quando apenas um ou dois exemplares foram enterrados com o falecido. Este aumento ocorreu em pequeno número até que no período tardio saltou de alguns poucos exemplares em cada túmulo, para 401 estatuetas para cada falecido. Isto incluiu um "trabalhador" para cada dia do ano, além de shabti um extra 'supervisor' para cada grupo de 10 (365 + 36 = 401). A maioria destes shabtis posteriores são estatuetas pequenas e feitas grosseiramente,como exemplo aquelas que são encontradas nos vários cemitérios espalhados pelo deserto no Egito. Shabtis continuaram a ser produzidos no período ptolomaico (310-30 aC). Dada a importância de incluir figuras de trabalhadores em enterros em um período de dois milênios, não é surpreendente que tantos exemplares sobreviveram até encontrar seu caminho em museu e inúmeras coleções particulares. Esta é a resposta para a segunda questão.
(a matéria completa voce encontra em http://www.glomeb.com.br/egiptologia_69.html)
 
(foto da frontispício do Museu de Manchester, no Reino Unido, onde encontramos uma imensa e catalogada coleção de Shabits)