São atributos de Amon a imagem do
disco do sol, os chifres e o flagelo (chicote) é representado por vezes, com
uma cabeça de carneiro, por vezes com um rosto humano, às vezes tendo chifres
de carneiro nascidos acima das orelhas. Geralmente na cabeça trás uma tiara
adornada com penas e por vezes o disco
solar. Seus animais sagrados eram o ganso e o carneiro.
Até o início do Reino Médio, Amon era apenas o deus local
de Tebas que é originalmente o deus do vento e barqueiro, é por isso que às
vezes é representado com uma cor de pele azulada, mas depois de passar os
hicsos pelo Egito no início do Novo Império (1650 aC.), os príncipes de Tebas
fizream dele o deus supremo do Egito livre. Os sacerdotes deram-lhe pouco a
pouco os atributos dos outros deuses. Amon tornou-se uma divindade universal na
dinastia XVIII, foi considerado o rei dos Deuses. A partir do XIX - XX ª
dinastia Amon é visto como a representação do criador invisível que era a fonte
de toda a vida no céu, na terra e no outro mundo. Ele se manifesta na forma de
Ra. Também está associado com o deus Min para se tornar produtivo, criativo ou
com uma outra divindade chamada de Kamoutef,
com o poder fálico. É como um Amenemopet ele vai todos os anos para o templo de
Luxor, para se unir à deusa Ipet para garantir a eterna renovação dos ciclos
naturais.
Sob a dinastia XII, os egípcios construíram
um gigantesco templo, que depois se
expandiu e tornou-se tudo o que vemos nas ruínas colossais de Karnak e que é a
maior estrutura religiosa jamais construída pelo homem. Chegamos ao templo por
uma alameda ladeada por duas fileiras de carneiros. O carneiro foi dedicado a
Amon; em Tebas comer um carneiro era ingerir a representação viva do deus,
portanto, apenas os Sacerdotes do Templo de Amon podiam se alimentar da carne
do carneiro.
De acordo com antigas tradições,
Amon se estabeleceu a partir do caos primordial, mas de acordo com as mais
antigas tradições de Tebas, Amon foi criado por Thoth como um dos oito deuses
primordiais da criação (Amém, Amenet, Heq, Heqet o Nun Naunet, Kau, Kauket). A Esposa de Amon era Mut, "Mãe", o
que parece ter sido o equivalente egípcio do arquétipo da "Grande
Mãe". Seu filho era o deus da lua: Khonsu.
Quando estudamos os deuses do
Antigo Egito, sempre é bom lembrar que eles variavam de grandeza, portanto de
importância, conforme a época bem como a localidade onde eram adorados; muitos
deuses locais ou regionais, passaram para a história como deuses de maior
importância, isso talvez tenha ocorrido pela falta de informação concreta sobre
os demais deuses ou da forma, como e quando as informações foram coletadas
pelos arqueólogos, analisadas pelos egiptólogos e catalogadas pelos historiadores. Alguns deuses, fizeram
mais sucesso do que outros, principalmente por terem ganhado destaque junto ao
cinema, livros e televisão.
Este blog abordará, nos demais textos, outros deuses do Antigo Egito, sempre destacando a sua importância para a respectiva região e época.